Mia Couto ganha Prémio Camões


Mia Couto é o vencedor da 25.ª edição do Prémio Camões, que distingue um autor da literatura portuguesa.
O Prémio Camões foi criado em 1988 por Portugal e pelo Brasil para distinguir um autor de língua portuguesa que, "pelo valor intrínseco da sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do património literário e cultural da língua comum".
Mia Couto nasceu na Cidade da Beira (Moçambique), em 1955, filho de uma família de emigrantes portugueses. Em 1972, deixou a Beira e partiu para Lourenço Marques para estudar Medicina. A partir de 1974, começou a fazer jornalismo, tal como o pai. Com a independência de Moçambique, tornou-se diretor da Agência de Informação de Moçambique (AIM). Dirigiu também a revista semanal "Tempo" e o jornal "Notícias de Maputo". Em 1985 formou-se em Biologia. 

Estreou-se com um livro de poemas "Raiz de Orvalho" (1983), há exatamente 30 anos. Após o primeiro livro seguiram-se outros de poesia, contos, crónicas. No romance estreou-se com "Terra Sonâmbula", na viragem da década de 1980 para a seguinte, obra que foi considerada um dos melhores livros africanos do século XX, Prémio Nacional de Ficção da Associação dos Escritores Moçambicanos.


Seguiram-se "A Varanda do Frangipani", "Mar Me Quer", concebido para o pavilhão de Moçambique na EXPO`98, "Vinte e Zinco", "O Último Voo do Flamingo", "Um Rio Chamado Tempo, uma Casa Chamada Terra" (adaptado ao cinema por José Carlos Oliveira), "Venenos de Deus, Remédios do Diabo", "Jesusalém", "A Confissão da Leoa".
Para os mais novos escreveu também "O beijo da palavrinha", publicado com ilustrações de Malangatana, "O Gato e o Escuro", "A Chuva Pasmada", "O Outro Pé de Sereia".

Mia Couto foi distinguido já com o Prémio Nacional de Ficção da Associação dos Escritores Moçambicanos, o Prémio Vergílio Ferreira, da Universidade de Évora, pelo conjunto da sua obra, o Prémio União Latina 2007, de Literaturas Românicas, o Prémio Passo Fundo Zaffari e Bourbon de Literatura, do Brasil, e o Prémio Eduardo Lourenço, entre outros. É membro da Academia Brasileira de Letras.
Em 2011, quando lhe foi entregue o Prémio Eduardo Lourenço, o pensador português, disse esperar que Mia Couto «seja um dos autores de origem portuguesa tão universal como a sua própria obra, que já é hoje».

A maior parte dos seus livros podem ser encontrados nas prateleiras da nossa biblioteca. Requisitem-nos, leiam-nos e maravilhem-se com este fantástico e original inventor de palavras!

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