Concurso de Poesia "Há Poesia na escola" - Tema: Liberdade

 



Parabéns a todos os alunos que enviaram poemas, mostrando gosto e interesse em participar no Desafio de Poesia sobre a Liberdade, lançado pela Rede de Bibliotecas de Coimbra.

Não foi nada fácil a escolha face aos muitos (mais de 80) poemas tão interessantes apresentados, o que também é gratificante. Resolvemos atribuir prémio aos 2 vencedores de cada ciclo e algumas menções honrosas.

Mais uma vez, muitos parabéns a todos e continuem a escrever!

Os alunos vencedores de cada ciclo na Fase de Escola foram:

2º Ciclo

Bia Henriques, 5ºA;

Lucas Ribeiro, 5ºB


 3º Ciclo

Rafael Andrade, 7ºB;

Dádiva Geraldes, 9ºD


Secundário

João Dias, 12ºB;

Júlia Rodrigues, 12ºC


Menções Honrosas: 

Filipe Henriques, 5ºA; David Sargento, 5ºC;

António Vilão, 7ºB; Leonor Castro, 8ºB;

Mª Leonor Madeira, 10ºB; Ana Beatriz Ferreira, 12ºG

Muitos parabéns!


Pássaros Livres

Liberdade!
Uma sensação de felicidade, 
podes fazer o que quiseres,
podes estar à vontade.

Deves ser livre como um pássaros
Cujas asas esvoaçam,
Que as barreiras ultrapassam
E que pelos rios, mares e oceanos passam.

Imagina que tinhas asas!
Com elas ias voar?
Eu ia ao máximo aproveitar,
Eu iria desfrutar!

Imagina que não tinhas liberdade!
Não serias a mesma pessoa!
Verdade?

Se tens liberdade,
Quase não tens barreiras:
As únicas que existem são as regras,
porque em tudo há fronteiras.

Bia Henriques, 5ºA


Antes de Sermos Livres

Antes de sermos livres
Não havia liberdade de expressão.
Era como estarmos tristes
Atrás das grades duma prisão.

Antes de sermos livres
Não havia harmonia,
Era como estarmos sós
Numa sala escura e vazia.

Naquele tempo, quando alguém estava triste,
Ninguém a consolava.
E as novas ideias
Era como se algo as engaiolava.

Antes de sermos livres
Não havia confiança.
Também não havia Justiça,
Liberdade ou esperança.

Agora que somos livres
Tudo ficou melhor,
As pessoas são mais felizes
E já não vivem aquele horror.

Lucas Ribeiro, 5ºB


Ser livre

Algumas pessoas pensam em abril 
Como um mês vil, 
Porém devemos pensar 
Que esse mês muitas pessoas veio a alegrar. 

A liberdade reduzida 
Deixa a mãe deprimida. 
O pai na prisão 
Seu protesto foi em vão. 
A criança de tenra idade 
Foi posta na mocidade 
Para adorar Salazar. 
 
Mas, entretanto, no dia 25 
Soldados com um sorriso, 
E com as suas espingardas na mão 
Disparam cravos, com emoção 

Então ouçam 
Pessoas de todo o lado 
Que o 25 de abril 
Foi para muitos um agrado. 

Rafael Andrade, 7ºB


RENASCER DA LIBERDADE

Em abril, um mar de esperança surgiu
Em Portugal, a liberdade assim sorriu
Em Lisboa, a revolução começou
E o povo unido assim lutou

A liberdade doce e bela
Um sentimento que nos revela
É ser dono do próprio pensamento
Da própria voz e do próprio sentimento

A liberdade é uma flor
Que desabrocha com esplendor
É respeitar e ser respeitado
É amar e ser amado

É o oceano, imenso e profundo
Sem medo de bater no fundo
É a montanha que desafia a gravidade
Onde se escala e se aprende a verdade

Que a liberdade seja sempre celebrada
E jamais seja aprisionada
Pois é onde encontramos a verdade
A essência da vida e a felicidade

Dádiva Geraldes, 9ºD


Abril em mim

Oh Liberdade!
Musa de Abril que despreza o Destino.
És Primavera pintada de azul, branco e vermelho…
Vermelho de eritrócitos, de semáforos, de morangos e de guerras,
Vermelho de fraternidade, e de revolução, e de ondas
Que se erguem em desafio contra os rochedos ásperos.
Oh ninfa perdida dos grandes revolucionários, porque te escondes na bruma?

Liberta-me, oh Liberdade!
Invoco, peço, suplico!
Liberta-me destas convenções vãs,
Liberta-me das coisas inventadas, programadas e mesquinhas.
Liberta-me de tudo o que é supérfluo, doloroso e opressor,
Liberta-me de metas, calendários e sutiãs.
Liberta-me de todas essas regras: de viver, sentir, pensar e de ser!
De Ser, meu deus, de Ser!
Liberta-me de tudo isso,
Liberta-me e deixa-me nua: bela verdadeira.
Faz-me folha em branco,
Sagra-me cravo do jardim suave dessa infância impossível.
Liberta-me e torna-me só eu,
Inevitavelmente eu, apenas eu!
Liberta-me e torna-me só Essência
Trespassa-me com a Verdade e termina a derradeira espera.
Sentada sobre cacos de barro,
Serei, por fim, etéreo Pássaro de Fogo!

Oh Liberdade!
Oh cravo de vermelho impossível,
Crava em mim tuas garras,
Desfaz-me destas mentiras!

Liberta-me!
E deixa-me simplesmente
O nada que nunca fui.

Júlia Rodrigues, 12ºC


Máscara

Olha à volta.
Com calma,
Ouve o soar da revolta,
Que cresce em silêncio na tua alma.

Vê os vultos passar lá fora.
Também eles ouvem o tambor,
Que dentro deles toca com fervor,
Abafado pela máscara que o ignora.

Será a máscara real?
Só um tolo pondera nesta questão.
O que é real, é a lealdade a Ele devida,
Seja ela honesta ou não.

Se algum dia Ele cai,
Cai a máscara também.
Mas como irá ele cair,
Se tu não és ninguém.

Ele não é Deus,
Mas é omnisciente.

Por isso não tires a máscara.
Não a mostres a ninguém.
Podem os Seus olhos inertes, atentos,
Ver a tua alma também.

Mantém a máscara bem presa.
Não a percas de vista,
Agarra-a se a sentes escorregar.
Nem a Deus a podes mostrar.

Tu não és ninguém,
Mas antes ser ninguém,
Que alguém,
A Ele infiel.

João Dias, 12ºB

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