Vencedores do Concurso "Há poesia na escola"

Hoje, Dia da Poesia, foram conhecidos os vencedores do Concurso "Há poesia na escola" 2013, que a Biblioteca Municipal de Coimbra promoveu, através do Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares (SABE), em articulação com as escolas da Rede de Bibliotecas de Coimbra.
O concurso, dirigido a todos os ciclos de ensino, decorreu nas escolas, durante os meses de janeiro e fevereiro, e os vencedores da nossa escola, em cada escalão, estão todos entre os finalistas:

2º Escalão (2º Ciclo) - Diogo Carregã - 2º lugar
3º Escalão (3º Ciclo) - Guilherme Pina -1º lugar
4º Escalão (Secundário) - Patrícia Eloy - 2º lugar (ex aequo)

Muitos parabéns a todos! Há poesia na nossa escola! Notícia aqui.

“MAR”
Quando vou à beira mar
sinto o cheiro a maresia,
sinto as ondas dançar
tal é o poder da fantasia.

Vou num barco remando
com o poder da imaginação,
vejo as histórias de quando
havia piratas sem coração.

No meu barco explorador
oiço cânticos, gente a marear,
remam e remam com fervor
para onde vão eles navegar?

Com a ajuda de um binóculo
observei o longe e o perto,
mas fiz mal o meu cálculo
nada vi, tudo estava deserto.

E agora o que fazer?
Bem, continuei a nadar
e os golfinhos fui ver,
estarei apenas a sonhar?

De regresso a este lugar
sem dele sequer sair,
trago histórias para contar
sobre a vida de ver partir
     Diogo Carregã, 5º B


“O Mar”

Curvei o horizonte à minha volta
Das sombras das veredas, dos montes
Das explosões das luzes, das fontes
Das searas maduras a ondular
Escolhi o Mar!
Esse abraço largo e infinito
Que liberta o eco de um grito.
Escolhi o Mar!
Pelo recado e loucuras das ondas
O segredo das gaivotas, das conchas.
Escolhi o Mar!
Fico a olhá-lo longamente
Tão igual à paz de alguém
E a luz do seu olhar
Por ser um lugar de bem
Escolhi o Mar!

     Guilherme Nuno Sobral Coelho Pina,  9º A


“Sinfonia”

As minhas palavras são todas água.
Todas uma essência macia.
Uma espuma que transborda
na suave maresia.

Como um farol à deriva
Ou um barco sem rumo,
Balançam pela sorte
Nas marés do mundo.

Como o reflexo mudo
Do mar profundo,
Escondem-se no tempo
em gotas de nada…

Estas palavras são ondas
Que arrastam o meu ser.
Sentem no meu corpo
Um desejo de luar.

As correntes fortes
fluem para o céu,
Como salpicos de sonhos
Salgando a pele.

Foi no tempo
em que me perdi,
Entregue a um mar
que não era meu…

Eu não sei mentir,
Mal sei falar;
Sou só marulho…
Sinfonia em alto mar.

     Patrícia Eloy, 12º H



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