PNL | Um livro por semana | Um livro de cidades.

«As Cidades Invisíveis apresentam-se como uma série de relatos de viagem que Marco Polo faz a Kublai Kan, imperador dos tártaros. [...] A este imperador melancólico, que percebeu que o seu poder ilimitado conta pouco num mundo que caminha em direção à ruína, um viajante visionário fala de cidades impossíveis, por exemplo, uma cidade microscópica que se expande, se expande até que termina formada por muitas cidades concêntricas em expansão, uma cidade teia de aranha suspensa sobre um abismo, ou uma cidade bidimensional como Moriana. [...] Creio que o livro não evoca apenas uma ideia atemporal de cidade, mas que desenvolve, ora implícita ora explicitamente, uma discussão sobre a cidade moderna. [...] Penso ter escrito algo como um último poema de amor às cidades, quando é cada vez mais difícil vivê-las como cidades.» - afirmou o escritor Italo Calvino a propósito do seu livro As Cidades Invisíveis (Dom Quixote, 2015), considerada uma das obras-primas da literatura do século XX.


Italo Calvino nasceu nos arredores de Havana (Cuba), a 15 de outubro de 1923. Passou praticamente toda a sua vida em Itália, excetuando os treze anos em que viveu em Paris. Faleceu em Siena, a 19 de setembro de 1985. Calvino estudou em San Remo até aos 20 anos, ingressando então na Resistência contra o fascismo e a ocupação nazi, depois de aderir ao Partido Comunista, que abandonou em 1957. Terminada a Segunda Guerra Mundial, instalou-se em Turim, começando a trabalhar na Einaudi, que depressa se transformou numa das principais editoras italianas do pós-guerra. Já trabalhava na Einaudi (onde desempenhou um importantíssimo papel como consultor literário) quando concluiu a sua licenciatura em Letras. Com O Atalho dos Ninhos de Aranha (1947) deu início a uma surpreendente carreira literária, que viria a consagrá-lo como um dos maiores escritores italianos do século XX. “(in Wook)

Na biblioteca da nossa escola podem encontrar, além de As Cidades Invisíveisos seguintes livros de Italo Calvino: Se numa noite de inverno um viajante, O Barão Trepador, O Visconde Cortado ao Meio e O Cavaleiro Inexistente.


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