Desafio de Escrita "Coimbra inspira-me" | Textos Vencedores
Texto narrativo
Coimbra
é uma cidade cheio de amor e alegria. Coimbra é a minha cidade. Mas nem sempre
foi…
Antes,
eu vivia em Londres, Inglaterra. Quando eu soube que iria mudar para Portugal, não
estava nada contente. Só quando vi Coimbra pela primeira vez é que percebi como
era sortuda…
Ainda
estava de dia quando vim para Coimbra. Na viagem, estava a apanhar mais e
mais seca até que passamos uma curva e entramos em Coimbra. Aí, foi como os
filmes dizem: “amor à primeira vista”. Aliás, não foi bem assim. Foi mais: “admiração
à primeira vista”. Raios de sol estavam a bater na cidade. Passei por ruas cheias
de lojas a venderem gelados e waffles com chocolate. Havia ainda outras a
venderem tapetes de mesa e imãs de geladeira, tudo em cortiça, coisa que é típica
em Portugal. Além disso, também reparei num galo. Era preto, com desenhos
lindos, compostos por corações e pontos, que formavam um padrão. Mais tarde, disseram-me
que era o Galo de Barcelos, que representava a personificação do amor português
pela vida. Fiquei admirada com isso, mas a mais bela surpresa ainda estava para
vir…
Tinha
passado por todas estas ruas maravilhosas. “Portugal dos pequenitos” estava à
minha frente. O carro virou para a esquerda e fiquei
espantada. À minha frente estava um rio, azul e claro, com pombas e patos a
nadarem. Avistei, mais para a esquerda, uma ponte multicor que ligava as duas
margens. No outro lado do rio que, disseram-me, chamava-se o Rio Mondego, havia
o que parecia uma cidade situada numa colina. Tinha casas multicores e meio-douradas,
banhadas na luz do sol. A universidade de Coimbra estava situada mesmo no topo.
Fiquei maravilhada. Agora sabia como eu iria amar aquela cidade.
E
foi assim que reconheci como Coimbra me inspira.
Elizabeth Ann Clarke, 5.ºB
3.º Ciclo
Coimbra, uma cidade como todas as outras… Era o que eu pensava...
Era um dia como todos os outros, era fim de semana e eu tinha ido dar um passeio. Saí de casa com os fones e o telemóvel para poder ouvir música enquanto andava. Já tinham passado cerca de dez minutos quando dou por mim debaixo de uma ponte. Nunca tinha passado por aqui e, como estava a anoitecer, devia ir para casa, mas não sei porquê, senti que algo me estava a chamar, então passei por baixo da ponte, chegando ao outro lado. Olhei à minha volta e as casas tinham desaparecido, olho para trás e a ponte também desaparecera.
Não tenho muita certeza de que sítio era este e de como a ponte tinha desaparecido, mas parecia um campo. Enquanto andava, um cavalo aproximou-se e, para meu espanto, tinha a cela posta. Então, decidi montá-lo para o tentar levar ao dono.
Estava tudo a correr bem, exceto o facto de não saber onde estava e de não haver caminho para trás, mas o cavalo estava a responder bem aos meus comandos e parecia manso. Quando chego ao pé de uma fonte, o cavalo deixa de me obedecer e desata a cavalgar.
Quando finalmente parámos, vejo três cavaleiros e uma donzela. Pensei que estava a ver mal, mas esses cavaleiros estavam a erguer as suas espadas para matar a bela donzela. Como estava perto, decidi ir até ela, ainda montada no cavalo, e tiro-a de lá antes que seja tarde de mais. Tinha acabado de salvar uma vida.
A donzela sorri e…e o despertador toca.
Não sei se foi sonho ou realidade, mas a verdade é que agora sempre que visito a Quinta das lágrimas, lembro-me dela e do seu sorriso.
Secundário
A Viagem das Ideias
Eu lembro-me da notícia de que minha vida mudaria. Não foi do dia para a noite, não foi algo súbito. Eu sabia que estava para vir, e eu me preparei para essa mudança. Eu iria viajar para outro país, e estava pronta para uma nova fase da minha vida.
Lembro-me de olhar pela janela dos ônibus em meu país, ou pelas janelas dos carros, apenas imaginando. Pensando sobre tudo o que seria diferente. Eu escutava minhas músicas, e tinha mil ideias para trabalhar na minha mente que nunca para. Estava ansiosa para conhecer essa nova cidade, esse novo país.
Lembro-me de olhar em volta com olhos arregalados, a novidade, o novo ar, a emoção e animação de estar em nova terra. E minha mente trabalhava inúmeras possibilidades viajando por meus pensamentos, novas histórias, novos clímax, novos desfechos, novos sofrimentos. Tudo era um motivo para Criar.
E eu Criei. Criei minha própria história, ainda muito crua e com um mundo de caminhos para seguir. E junto da minha história, eu escrevi a minha ficção. Meus desejos, meus anseios, meus sonhos, e minhas alegrias. Tudo em palavras, tudo em poesia.
Ao andar pelas ruas de Coimbra, lembro-me de desejar ser mais. Ser alguém. Debaixo da chuva, agarrando-me aos meus novos livros, lembro-me de rir alegremente e correr para casa, histórias formando-se a cada passo que eu dava. Belas histórias, que um dia talvez não sejam contadas, mas que eu sempre lembrarei.
O fim… o fim é uma incógnita. Mas é um fim que eu gostaria de ver, esse final da minha história.
Gabriella Saboia, 11.ºG
Texto poético
2.º Ciclo
Coimbra,
cidade que me viu nascer
Com muito
amor me abraçou
Onde fiz
colegas e amigos
Que me
ajudam a ser o que sou.
Coimbra é o
meu lar acolhedor
Onde posso
crescer e imaginar
No Choupal,
um jardim em flor
E na Mata um
lago para nadar.
Lindo Rio Mondego
Que corre
para o mar
Águas que
refletem a paisagem
No seu leito
podemos navegar.
Estilo de
música peculiar
O nosso
deslumbrante fado
Que nos faz
sonhar
E muito foi
ensinado.
A minha bela
cidade
Do alto da
torre podemos avistar,
Com a sua
histórica Universidade
Onde desejo
estudar.
Nossa padroeira Rainha Santa Isabel
Que
transformou pão em rosa
Bonita e doce
como o mel
E para os
pobres generosa.
Inês de
Castro é meu nome
A lembrar
outra Inês
A de Pedro e
dos amores
Quinta das
lágrimas se fez.
No Portugal
dos Pequeninos
Com muitas
casinhas para explorar
Saudável
brincadeira para os meninos
Onde também
podem correr e saltar.
Coimbra é
saudade
Dos estudantes
que cá passaram
Para voltar
não há idade
Recordar o
que amaram.
Leonor Inês Castro, 5.ºB
3.º Ciclo
Coimbra Inspira-me
Coimbra, Coimbra, Coimbra!
Há tanta coisa para dizer
Mas seria preciso muito tempo
E muitas páginas escrever.
Coimbra tem o Rio,
E está entre a Serra e o mar
Só precisamos de escolher
Qual o lado para explorar!
Não nos podemos esquecer
Do nosso lindo Choupal
Que alguns gostam de chamar
Pulmão de Coimbra,
Mas também de Portugal!
Todos conhecem Coimbra
Como a Cidade dos Estudantes,
Mas é muito mais que isso
Tem histórias de cavaleiros
Escritores e navegantes.
Das lutas entre Suevos e Alanos
Criou-se esta bela cidade
Que havia de ser dos muçulmanos
E depois da cristandade.
Mais antiga que Portugal,
Determinante na sua história
Uma cidade sem igual
Que fica sempre na memória!
Chegou a ser capital
Como está escrito nos tratados
Tecnicamente ainda o é
Porque nunca foram atualizados.
Mas se nos lembrarmos de Inês de Castro
Que não teve aqui tanta sorte.
Ainda hoje o vermelho do lago,
Nos lembra a sua trágica morte.
Dos Jardins ao Portugal dos pequenitos,
Da bela Baixa à famosa Universidade,
Também o Parque Verde
E o Convento de S. Francisco
Nos enchem de orgulho e vaidade!
Com histórias de reis e rainhas
Capelas, mosteiros e conventos
História, arte e cultura
Ainda hoje é espaço
Para viver mágicos momentos!
Diana Madeira, 7ºD (ex aequo)
Até parece mentira!...
Sobre Coimbra falar
Pois esta cidade inspira
Quem por aqui passar
Quem para aqui vem estudar
Leva Coimbra no coração!
Muitos tentam até cantar
A sua bela e doce canção
Há muito “cidade dos doutores”
Pela tão famosa universidade.
Também conhecida pelos “amores”
De Pedro e Inês da antiguidade
Dos monumentos e lugares não vou falar,
Não tenho palavras a jeito.
São tão grandiosos para mostrar
Que prefiro guardá-los no peito.
Quantos livros falam de ti?
Já não se podem contar!
São tantos, que só por si,
Mostram Coimbra a inspirar
Aqui há sempre um sorriso,
Um chilrear de passarinho
A vida torna-se um aviso:
- A saudade é o caminho!
Margarida Maria Gomes Coelho, 8.ºB (ex aequo)
Secundário
Coimbra... cidade inspiração!
No amor de Pedro e Inês uma bela história se fez.
No Penedo... o registro das saudades,
No Mondego... correntezas de liberdade.
Na ponte Rainha Santa Isabel... rosas jogadas como um véu.
No Largo da Sé Velha... marcas de um reinado.
Na latada... a juventude encaminhada,
Na queima... o ritual ancestral.
No fado... a melodia vital.
Coimbra... por um tempo Capital, em outro, colegial.
Histórias que ultrapassam os séculos,
Culturas, batalhas, realeza,
Despertam nas suas belezas.
A magia que ela exala, aos meus sentidos se instala.
Quem por aqui passou, sua história deixou,
Da cidade... muito levou.
Como no fado por Amália entoado:
Coimbra... uma lição de sonho exaltado.
Coimbra que me encanta, Coimbra que me inspira,
Cidade livro, cidade lua, cidade bela!
Manuela Henn Colpo, 10º B
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