Desafio de Escrita "Os Oceanos" | Textos selecionados
Todos os textos serão apresentados num livro digital a editar brevemente.
A seguir, transcrevemos os textos selecionados:
2.º Ciclo:
Os coitados dos oceanos
Eu sei que isto pode ser um bocado
seca, estar aqui a ler este mísero texto, enquanto se podia estar a fazer
outras coisas..., mas confiem em mim, este texto vai ficar gravado na
vossa memória. E, fica já esclarecido, estou a ser simpático, porque o máximo
de palavras é 400.
Continuando,
já que estou numa de ser simpático, não vos vou causar suspense. Este texto é
sobre os oceanos, como o título já diz. É um tema muito preocupante, pois eles
estão cada vez mais poluídos. Há muita destruição de habitats e extinção de
espécies marinhos, por causa disso.
Imaginem isto: são um peixinho
dourado e que, de repente, veem uma mancha preta que cada vez aumenta mais. A
seguir, sentem-se asfixiados com essa mancha e falecem. Isso é um dos fatores
de poluição marinha: os derrames de petróleo. E, agora, vocês, leitores, estão
a pensar:
“Há, eu
nunca derramei petróleo! Afinal, eu nem tenho um barco que consiga fazer isso.
Nem a carta tirei! Logo, eu não poluo. Não tenho nada a ver com isto. Vou, mas
é, jogar na PS4.”
Mas sabiam
que há esgotos domésticos não tratados que vão dar aos rios ou ao mar, onde
depois isso também os prejudica. E não é só! Na transformação do petróleo em
gasóleo ou gasolina para os vossos carros andarem, às vezes há acidentes na sua
fabricação e deitam os resíduos diretamente aos oceanos, mares ou através de
rios. Hã? Hã? E agora quem diz que não polui?
Respira fundo... Eu disse que ser
simpático, não foi? Logo, vou explicar da melhor maneira: de certa forma, todos
nós poluímos. É por isso que há muitas pessoas que lutam contra essa poluição.
Algumas recolhem o lixo das ruas, ou parques, para esse não dar ao mar. Outras
fazem protestos para chamar às pessoas que é preciso agir.
Por isso, arranjem alguma maneira que
melhore o estado destas criações feitas de água, mas não vos vou dizer, porque
o texto está a ficar demasiado comprido e, sinceramente, não me lembro de
muitas formas. Irei lembrar-me mais tarde, não agora.
Concluindo: esta é a vossa missão
extracurricular. Vou deixar o texto por aqui. Acho que este é o
FIM
António Vilão, 5.ºB
Imensidão
Uma imensidão azul,
Confunde a nossa mente
Com a sua beleza.
Mas há quem tente,
Conseguir guardar
Aquele sentimento
Que andava a procurar,
Aquela sensação
De liberdade e independência.
Aquela sensação
De calma e ausência
Daquilo de que nos é mais importante,
Ou talvez achemos que nos é importante.
Mas, na verdade, é inútil,
E não contribui para a nossa felicidade.
Apenas existe uma coisa que nos faz pensar
Ou talvez, ter tempo e calma para fazê-lo.
O oceano, o mar, as ondas…
Que caminho tão longo,
Que viagem tão comprida,
Um mar impossível de corromper
Um mar sem fronteira nem medida.
Sem desespero,
Apenas…
*Azul…
Azul…
Azul…
Calma…
Calma…
Silêncio…
Silêncio…
Silêncio…
Os Oceanos
Os Oceanos. São vários, mas um só. Já cá
estavam antes de eu ser sonhada e muito depois de eu ir ainda estarão. Envolvem
o mundo todo com um abraço apertado e nunca nos abandonam. São uma constante,
amigos eternos, companheiros fiáveis.
Estão sempre ali, mesmo quando nos
esquecemos deles. Podem ser fonte de alimento, energia ou puramente
entretenimento. Sempre presentes, sempre a dar. E quando chega a estação, a
estação dos oceanos, em que todos nós nos lembramos da sua existência, eles
ainda estão lá, pois esperaram o ano todo por nós. Estão ali, sempre ouvintes,
para quando procurarmos paz. Vão e voltam num ritmo harmonioso e explodem numa
trilha sonora que apazigua o espírito. Estão cheios de vida, repletos de novas
oportunidades.
Trazem-nos pedras brilhantes vindas do
outro lado do mundo e levam-nos para um estado de completa tranquilidade e
esquecimento. Esquecimento das tristezas e das preocupações. Porque os oceanos
são vida, e paz. Barulho, e silêncio. No seu infinito cobertor sobre o planeta,
cortando o horizonte como um espelho. Um espelho onde se reflete o sol
resplandecente e a sua magnífica despedida. Onde se reflete a imensidão do azul
do céu, tornando o mar um arco-íris de cores e tons de beleza imensurável. Onde
se reflete a nossa própria imagem. O nosso desespero, os nossos defeitos e o
peso insuportável da vida. Da correria, de não parar. Da inércia em que nós
entrámos, vivendo a vida com infinitas obrigações. Os oceanos obrigam-nos a
parar. A abrandar. A aproveitar a paz. A aproveitar a imensidão de segredos
escondidos sob a superfície. Os mistérios, os milagres que habitam o mais
profundo lugar da terra. No entanto, são segredos agradáveis. Olhar para cada
gota do oceano e simplesmente não saber o que se esconde nas suas ondas
protetoras. Aceitar que não estamos no controlo de uma força da natureza. Algo
maior que nós. Algo com um poder indescritível e imensurável.
Os oceanos cuidam de nós. Sempre
cuidaram, sempre cuidarão. Talvez seja a hora de também sermos seus amigos. De
cuidarmos deles. Eles não precisavam da nossa ajuda antes de nós os atacarmos.
E eles hão de sobreviver a isto e hão de sobreviver sem nós. Mas, honestamente,
será que conseguimos viver sem eles? Nenhuma artificialidade humana poderá um dia
substituir a sua constante presença e a sua paz.
Sofia Farinha Silva 9.ºD
Desafio de escrita “Os
Oceanos”
Tudo na terra é estranho.
Porque aparentemente é seguro.
Firme.
Tudo na terra é diferente de tudo no mar.
Mas eu sou água.
Sou.
Somos espuma indefinida e delicada.
Somos água do mar.
E é neste oceano imenso em que mergulho,
Porque penso, penso,
Onde as ondas são os meus pensamentos que vão e vêm,
Sem parar.
Às vezes arrastam sonhos, ideias
Outras vezes trazem memórias, histórias
Mas como a água do mar,
Também eu quero ser imensa, mas transparente.
Sem forma aparentemente definida, mas imparável.
E como a água do mar, também eu quero ser fonte de vida
E por isso, quero ter a força das marés,
Quero gritar, como o rugido da água que bate na rocha.
Acabem, de uma vez por todas com a dor, o mal que causam aos
mares.
A este oceano profundo em que todos mergulhamos,
Porque todos precisamos.
Porque todos pensamos.
Porque todos somos Mar.
E se na terra tudo é esquisito, seguro e certo...
Mas inacabado e incompleto,
É por causa da saudade, nada mais.
E a saudade é a tristeza que fica em nós, em terra.
Por isso sentimos.
Por isso pensamos.
Por isso afundamos.
E neste profundo existir que me consome,
Antes seja o oceano que
me engula...
Infinitamente.
Mafalda Moita, 12.ºF
Os oceanos. Carregados das suas marés de ondas que
vão e não voltam. Se vêm não voltam as mesmas. São sujeitas à vida. Também ela
muda e traz marés mudadas com ela.
Consigo ver imensidões de oceanos nos olhos de
alguém. Alguns são vazios, outros turbulentos, mas todos eles sujeitos à
mudança. Um plano infinito de variadíssimos tons de azul. Cada um deles conta
uma história. Fascina-me o porquê de determinado azul, mas estamos sempre
sujeitos à mudança, como disse, logo o tempo para parar e questionar é escasso.
Vivemos numa correria de marés que nos atrapalham os sentidos e distorcem a
realidade. Constantemente estimulados a correr para atingir a linha do
horizonte, sem nos apercebermos que a Terra é redonda e o horizonte é engolido
e nunca atingido. Porém esquecemo-nos que a resposta está nos oceanos. Mantos
profundos de dilemas por resolver. Espelhos traiçoeiros que nos mostram as
marés calmas ou as mais destrutivas. Reflexos de almas perturbadas e fragmentos
daquelas que deixaram de existir.
Em cada um de nós há imensidões de oceanos. Construídos
por influência dos oceanos de outros. Uma vastidão de ecossistemas que neles
habitam e formam um ser. Complicados esses oceanos. Ou se calhar somos nós os
complicados. Sempre em constante mudança sem levar a lado algum. Que será feito
da linha do horizonte? Ninguém sabe. Talvez seja melhor assim. Há segredos que
nem os oceanos pretendem revelar.
Para descrever tamanha e infinita beleza
Rememoro em um breve estudo a imensidão e a leveza
Buscando na aventura das palavras que, interligadas,
definem tamanha magnitude e imponência
desse gigante de águas salgadas
que num acróstico merecem ser organizadas
O mais vasto poema
que existe
Cenário que inspira
e intriga
Emergem histórias de
suas águas
Apontam caminhos em
suas marés
Na nostalgia das
noites escuras ou do pôr do sol no infinito
Oceano de grandeza,
de beleza, de mistérios.
Oceano imenso e profundo,
das histórias de piratas,
embarcações e monstros marinhos
à colossal aventura e mistério
do princípio da vida em cada hemisfério.
Palco de batalhas históricas
Tempestades vorazes
Histórias, disputas e vitórias
Ao sublime encanto das sereias
Do pôr do sol no infinito
Do luar refletido
Águas que no seu esplendor
Inspiram poemas de amor
Águas que separam terras
Desde a pangeia, Laurásia, Gondwana
Delimitando espaços,
nações, culturas
Divididas por oceanos
distintos
Pacífico, Atlântico e Índico
Grandioso corpo aquático
com o poder de levar e trazer
afastar e aproximar
num bailar de
correntezas intermináveis
Oceano.... Beleza, magia e mistérios
que com a bravura de suas ondas
desdobram -se pelos quatros cantos
pairando, ora na dança das rochas e dos recifes
ora na calmaria das praias na superfície.
Manuela Henn Colpo,
11.ºB
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